Como apostar na MLS
A MLS tem sido um tópico forte nas apostas do Quero Apostar neste ano. Na atual campanha, há cobertura de todas as rodadas — que geralmente acontecem com mais frequência quarta e sábado — com direito ao completo Guia MLS 2017 parta apostador, antes da temporada iniciar.
Na metade da temporada do futebol estadunidense, já temos uma amostra necessária que indicam os melhores mercados para apostar na MLS — junto com as características intrínsecas nessa liga.
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Características da Major League Soccer
Muito equilíbrio:
Na MLS não há superelencos. Com distinção de alguns times (vide LA Galaxy, Toronto FC e Seattle Sounders), a maioria das equipes são equilibradas e tem um jogador famoso no elenco. Apesar de ser uma liga também famosa pelas suas estrelas — David Villa, Andrea Pirlo e Kaká — a MLS enfatiza muito o crescimento do futebol local.
Portanto, há o limite de 176 estrangeiros na liga. O que, se dividido pelos 22 times, dão uma média de oito por elenco. Por mais que esse número possa parecer grande, a maioria desses estrangeiros são de países próximos (da região do Caribe, por exemplo) e que não têm posição importante nos times. Jogadores do calibre de Villa e Giovanni dos Santos é exceção nos estrangeiros.
A maioria dos times contam com jogadores estadunidenses no elenco titular, e isso traz um equilíbrio muito parecido entre os times.
Além disso, é raro encontrar treinador ruim na MLS. A maioria dos coachs são muito capacitados e montam suas equipes de forma muito bem treinada. Com isso, times na parte inferior da tabela frequentemente dão trabalho para as equipes do topo.
Isso se reflete nos campeões. Desde 2007, por exemplo, são oito campeões diferentes. Apenas o Los Angeles Galaxy ganhou mais de uma vez nesse período.
Fator casa é importantíssimo:
Nos mais variados esportes dos EUA, jogar em casa é um fator muito importante, e na MLS isso não é diferente, sendo um fator diferencial muitas vezes. Por mais que no futebol o fator casa seja muito valioso em todos os casos, na MLS é mais do que o comum.
Um exemplo disso é o Kansas City, atual líder da conferência oeste. Em nove jogos fora de casa nesta temporada, a equipe tem apenas uma vitória. Já o Colorado Rapids, que é o penúltimo do oeste, tem campanha de 17 pontos em oito jogos jogando em casa. Duas equipes em extremos da tabela, e que jogam completamente diferente fora e dentro.
Talvez isso seja explicado pelo equilíbrio grande das equipes, em que o fator casa acaba tornando-se o empurrão que o time da casa precisa para se sobressair. Ou também pelos estádios sempre lotados e uma atmosfera muito envolvente em todas as partidas — a MLS tem média de público maior que a do Brasileirão, por exemplo, e quase todos os estádios são acanhados e formam o clima de “caldeirão”.
Formato de disputa diferente do padrão:
Se na Europa, no Brasil e na maioria dos outros campeonatos nacionais o campeão é decidido nos pontos corridos, na MLS o assunto é outro. Assim como acontece nas outras Major Leagues (NBA, NFL, MLB e NHL), a liga é decidida na pós-temporada e dividida em conferências.
Na MLS, tem a conferência leste e oeste. Para os dois lados, são 11 times cada. Os seis melhores se classificam para os playoffs, sendo que os dois primeiros de cada conferência vão direto aos playoffs e, entre o 3° e 6° do leste e oeste disputam as duas vagas remanescentes.
Para a fase final, oito times se classificam. Quatro do leste e quatro do oeste, em cada lado as equipes disputam semifinal. Quem avança, passa para a final de conferência e o vencedor dessa joga a MLS Cup (conhecida como finalíssima máxima).
Com esse formato diferente, as equipes tendem a mudar no fim da temporada. Como são seis equipes que vão para os playoffs numa conferência de 11, geralmente quase todos os times estão engajados em playoffs nas últimas rodadas. Não há um “efeito NBA” em fim de temporada, por exemplo, quando as equipes eliminadas largam mão do resto do ano.
Banco de reservas conta muito
A MLS não é um primor tecnicamente, digamos assim. Apesar das grandes melhorias nos últimos anos, a liga ainda tende a ser equilibrada por baixo. E como os times geralmente disputam só duas competições na temporada toda e o calendário é razoavelmente folgado em relação ao que temos na Europa e Brasil, as equipes valorizam muito mais o time titular do que o equilíbrio ao todo no elenco.
Portanto, geralmente os desfalques contam muito na MLS. Mesmo o jogador que não parece importante no time titular, quando vira desfalque, a sua ausência tende a custar muito pela falta de qualidade no banco, bem como pelo conjunto e entrosamento que os titulares tem.
Como os times tem um viés muito grande em desenvolver o futebol local, geralmente os bancos são compostos por jogadores muito jovens, de 18 a 20 anos, e que ainda não estão totalmente prontos para o nível profissional.
Com tudo isso em evidência, é vital conferir a tabela de desfalques toda rodada.
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Ajustes na temporada:
Meu começo de temporada na MLS não foi muito animador, tive alguns altos e baixos que coincidiram com a ambientação da nova campanha. Equipes que prometiam muito, como Colorado Rapids, Montreal Impact e LA Galaxy, começaram o ano muito mal e sem muitos desfalques, o que foi uma surpresa para todos que acompanham.
Do outro lado, equipes como Houston Dynamo e DC United logo começaram o ano muito bem, surpreendendo — especialmente Dynamo, que tinha um dos piores elencos da liga antes da temporada começar. Isso é algo que eu ganho para 2018: começar a temporada com cautela até o cenário se estabelecer.
Por isso, houve um período de três a quatro semanas para entender, de verdade, qual seria o padrão da MLS para 2017.
Abaixo, veja o exemplo de uma banca com US$ 1000 com todas as minhas apostas desde o começo da temporada. O padrão de três unidades, nesse caso, é US$ 30. Até agora, são 136 apostas.
Perceba como, após um mês e meio de temporada, cheguei no maior período de red na temporada. No entanto, me recuperei com os ajustes feitos de acordo com a campanha dos times na temporada. Com as surpresas e decepções já estabelecidas no leste e oeste, consegui fazer a leitura correta das equipes para virar a mesa, sair do red e ficar positivo no geral.
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Mercados mais lucrativos:
Muito do que o Moneyline vem funcionando é por causa do fator causa. Tenho utilizado bastante em situações do tipo, até mesmo em situações em que o time da casa é mais fraco do que o adversário. Na MLS nesta temporada, poucos times conseguem ser consistentes fora de casa, portanto, as chances do mandante vencer são grandes.
Handicap também tem funcionado muito bem na temporada. Tendo como princípio de que as equipes são muito parelhas e o fator casa é muito importante, tenho utilizado muitas vezes a disparidades das odds para conseguir um bom handicap positivo.
O asiático também tem sido de bom valor, mas nesse caso, estou entrando apenas quando o favorito, em casa, tem muitas chances de derrotar o visitante e as odds estão baixas. Dessa maneira, é uma ótima chance para encontrar valor numa bet de mercado asiático.
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Tenha cuidado com o mercado de gols:
O ambos marcam tem sido o pior mercado desde que comecei a temporada, e na verdade evitá-lo foi um dos principais motivos do qual eu sai do red para engatar uma sequência boa e ficar positivo.
Há algumas constatações disso:
- Os times jogam muito fechados fora de casa, se contentando com o empate na maioria das vezes e, por isso, não se expõem muito.
- Não são todos os times que têm bons atacantes. Algumas equipes conseguem criar muito, mas falham em concretizar no último terço. Ainda mais quando jogam com o ataque reserva.
Por isso, o ambos marcam tem sido um risco na temporada da MLS neste ano. O mercado de under 2,5 gols, portanto, tem sido produtivo. Na última rodada, por exemplo, peguei essa bet em San Jose contra Kansas City e o jogo ficou 0 a 0. Exemplos como esse, em que o under tem entrado com certa facilidade, vem se aplicando nesta temporada.
Mas é claro, tudo depende do estilo de jogo da equipe. Raramente vai haver um cenário de under 2,5 com o Houston Dynamo jogando em casa, por exemplo. Ou possivelmente haverá um under quando o Colorado atua dentro de casa. É preciso encaixar a tendência da liga com o jeito do time jogar. Uma coisa completa a outra.
Além disso, o mercado de empate ou vitória não tem funcionado, ao lado do Draw no Bet. Isso aconteceu mais no começo da temporada, quando eu confiava demais em times como Colorado Rapids e LA Galaxy, por exemplo, times favoritos ao título antes do ano começar e que iniciaram a temporada muito mal. Mas os devidos ajustes já foram feitos.
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Conclusão
Consegui me ajustar ao longo da temporada, e atualmente a fase é boa, como é visto no gráfico abaixo dos últimos 30 dias.
Com os times já estabelecidos, consegui fazer a leitura correta. Tendo em mente os mercados que mais funcionam e todas as características que precisam ser levadas em conta, a MLS é um mercado que pode ser muito lucrativo se estudado e analisado com cuidado.
Além de tudo, tem sido uma temporada para ganhar muito conhecimento que certamente irei aplicar para os próximos anos. Não é uma liga muito conhecida, mas tem suas peculiaridades que, se exploradas ao favor do apostador, torna-se desafiadora e muito legal de acompanhar.
E você, o que acha da MLS? Gosta de apostar na liga? Gostou da análise? Comente.
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