Análise geral dos jogos de três sets da ATP

Desde 2010, no masculino e em partidas disputadas em melhor de três sets, foram mais de 18 mil jogos da ATP definidos no set de desempate, que representa 35,8% dos confrontos — um número levado. Portanto, a fim de determinar e detectar quais os principais tenistas do circuito vencem mais partidas por 2-0, fizemos um estudo detalhado para auxiliar o apostador de tênis a ter maior base dados para definir se vale a pena ou não investir em determinado jogador para vencer sem ceder set.

Além disso, este artigo também apresenta o outro lado da moeda e identifica aqueles tenistas que apresentam grande poder de reação e que são capazes de grandes viradas em torneios da ATP.

Jogadores como Roberto Bautista-Agut, Stefanos Tsitsipas, Kevin Anderson, Kei Nishikori, Borna Coric e David Goffin superam a barreira das 65% de chances de vitória por dois sets após vencerem a primeira parcial. É claro que atletas dos calibres de Novak Djokovic, Rafael Nadal, Roger Federer, Andy Murray e Juan Martin Del Potro vencem muitas partidas em sets diretos, mas vários investimentos envolvendo esses jogadores da elite não têm grande valor.

Já Robin Haase, Andrey Rublev e Francis Tiafoe não são muito confiáveis para vencerem partidas em sets diretos. Após ganharem a primeira parcial, as probabilidades desses tenistas citados vencerem o set seguinte não vão além de 52%.

Canhoto, com um bom saque, forehand eficiente e impactante backhand de uma mão, Shapovalov já atraiu uma grande legião de fãs, mas o canadense tem o número mais baixo de aproveitamento de vitórias em sets diretos dentro do grupo dos 50 melhores do mundo. Quando vence o primeiro set, o jovem tenista ganha confrontos por dois sets a zero em apenas 48% das oportunidades.

O outro lado da moeda

Com relação a tenistas que apresentam grande poder de reação após perderem a primeira parcial e levam a melhor após estar em desvantagem, Federer (com 67% de aproveitamento) e Djokovic (com 65% de aproveitamento) lideram o top 50 do ranking mundial neste aspecto.

Curiosamente, Nick Kyrgios é o terceiro tenista do grupo dos 50 melhores do mundo que mais vence partidas após perder o primeiro set — tem aproveitamento de 58% nessa situação. Logo atrás, aparecem: Jonh Isner (57%), Murray (56%), Nadal (53%) e Alexander Zverev (53%).

Também vale incluir nessa lista jogadores como Kyle Edmund, Damir Dzumhur e Tsitsipas, que beiram os 50% de aproveitamento nesse tipo de situação adversa. Em contrapartida, Rublev, Hyeon Chung, Mischa Zverev, Steve Johnson, Peter Gojowczyk e Pablo Carreno-Busta não são muito confiáveis para apostar em viradas por parte deles ao vivo. Mischa e Chung, por exemplo, estão abaixo dos 30% aproveitamento em confrontos em que ambos saem atrás no placar.

É óbvio que não existe uma regra fixa e nem fórmulas mágicas nas apostas, principalmente em um esporte individual como o tênis. Fatores como fadiga, clima, eventuais lesões e leitura de jogo por parte dos tipsters pesam muito nas apostas pré-live e ao vivo, mas a estatística de grande amostra é uma ótima aliada em muitas situações e não deve ser desprezada pelos apostadores.

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